sábado, 21 de março de 2015

21.03.2015

A ti mal amada
Amante
Sempre disposta para
Defender os oprimidos
Os torturados, silenciados
A ti amante
Incomprendida
Arrastada tantas vegadas
Nos lameiros
Nós humanos só temos
Um dia
Para ti
Amante das horas baixas
Liberadora
Poesia

terça-feira, 17 de março de 2015

No sol
Onde mais queima
Preso das lapas
No sol

Os gritos ardem
A soidade
Queima
Que facer
Com umha vida
Ao abandono
E com mil?
E com um milhóm?
Que facer
Com o conhecimento adquirido?
Que facer
Com o baleiro de xente
Que nos rodea?
Que facer
Com as palavras?
Escritas ou faladas
Ouvidas, abafadas
Trocadas
Deturpadas
Palavras
Que facer?

terça-feira, 10 de março de 2015

A dor colhiame o corpo
E eu empurrabaa
Voltaba como umha vaga da maré
Eu ali parado, quedo
Empurrabaa
Com a minha indiferenza
Baixaba a presóm
De supeto nova vaga
Esperto, irrequieto
Recurro a farmácia
Baleira, sem resposta
E volta
Eu ergome farto
Levanto a mam
E sacudo a dor

Será

Será certo
Que este mundo
De persoas rexas
Se deixa levar
Por um papam
Boquiaverto
Malfalante
Balorento
Que nunca foi
Mas esteve sempre
Será isto um mundo
E aparte?