segunda-feira, 11 de março de 2013

Quero laçar

Quero laçar
A Lua
Puxa-la para minha beira
Fazer dela um candeeiro
Alumiar assim o caminho
Deixar para trás os pançudos
Sanguessugas de necesidades
Basicamente ladrões
De futuro murcho e escuro
Quero laçar agora
A Lua
Puxa-la e alumiar
A revolta contra a escuridão
Do ser desumano
Mesquinho contador
De moedas, de cabeças
Asqueroso assassino
Dos brotes mais verdes
De todo o jardim
contra ti mando
A Lua
Que a sua luz te cegará
E nos veremos
O caminho

Falo de amor
Daquel que tu
Afagas, acaricias
Que com a boca
Quente e humida
Fazes renascer
Falo de amor
Ao que tu te entregas
Sem barreiras
Nem tabús
Que não magoa
Em posse alguma
Falo  de amor
Sem medidas
Em todo momento
Com meiguice
Mas constante
Falo de amor