terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

 Seguindo em linha reta

Nom hai curvas nem desvios

Sempre, sempre em frente

Eis-nos chegados

Ao limbo da mentira

Eles sabiam

Nós olhamos para o lado

Eles controlam todo

Nós ledos aplaudimos

Eles por fim nos entraram

E nós sem lubrificante aguentamos

As dores da violência

Da prepotência

Finalmente da ausência

De nós mesmos

Da vida

Da liberdade



                                04/2020

                                Ano da peste

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