quinta-feira, 12 de julho de 2018

Nom há

Nom há
Força
Nem vontade
Para exalar um
Suspiro
De revolta, rebeliom
Para afastar esta
Vida peganhenta
Abafante solitária
Com gente mas
Sem ninguém
Nom há
Vontade

Materia

Materia da mesma
Que se fizeram 
As estrelas
Os planetas
Mas também
Daí provenhem
Os vermes
E os detritos
Somos pois
Todos
Gente fina e tosca
Temos face e também

Somos da mesma
Materia
Asco de mundana
Vida
Cinzenta existenza
Supurante
Ferida sempre
Aberta
Em lancinante
Pasar de anos
Até ao fim