terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Cruce
De persoas
Indiferentes, distantes
Na rua citadina
Escura, fría, suxa
Cruce
Encuanto a cidade
Esmorece
Os poetas se recolhem
E o baleiro
Se apodera
Até a manhá
Monto
Desmonto
Sobre o teu corpo
Inerte
Teorías conspirativas
Transformo em terroristas
Os outros
Aqueles de quem
Nom se fala
Nem nomealos
Os outros
Que sobre o teu corpo
Tentarom
Erguerse como
Se donos fosem
Deles mesmos
De ti